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Projeto de pesquisa:

"Esculturas permanentes, instalações efêmeras e intervenções : Tipologias e relações da arte pública

no espaço urbano de Belém"

    Belém é um espaço privilegiado para a observação de interações culturais (neste caso, particularmente as artísticas, arquitetônicas e urbanísticas), dada a miscigenação sui generis de linguagens e estilos que foi sendo construída ao longo de sua história.

  

    Assim sendo, este projeto trata da presença da arte na cidade observada como estratégia de construção da paisagem, considerando a instalação de obras de arte no espaço urbano como alternativa para gerar uma nova visualidade que se sobrepõe à estrutura física da cidade. 

 

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O estudo da arte pública e suas representações são de grande importância para a construção da imagem urbana. No caso de Belém é significativo porque a sua prática na paisagem surge em momentos cruciais para o embelezamento da cidade: no Ciclo da Borracha, na passagem do século XIX para o século XX, e na passagem, do século XX para o XXI, quando o Governo Estadual incentiva uma nova estética para construção de espaços públicos.

Nesse sentido, duas hipóteses sustentam esta pesquisa: A visualidade urbana é necessariamente híbrida e se estabelece na intersecção entre o permanente e o efêmero, o institucional e o não institucional, o consagrado e o subversivo; Os conceitos estabelecidos sobre as relações entre arte e cidade oriundos de contextos culturais diversos (sobretudo europeus e norte americanos) não podem ser ampliados ao espaço urbano de Belém. 

 

Todo o trabalho visa à organização da pesquisa textual e visual sobre o debate da arte pública em Belém. As obras de arte são enfocadas tanto como elemento de estetização da paisagem - uma via para entender a história da cidade -; quanto como critica social. Ambas, buscam adentrar a cidade, representando a dimensão simbólica e histórica das práticas artísticas que envolvem o espaço urbano desses últimos tempos.

Nesse sentido, o projeto busca uma narrativa que compreende pelo menos quatro referencias para a discussão da arte pública: o monumento; a ausência da função comemorativa; a obra de lugar especifico;  a arte crítica. Cada referencia supõe uma forma e significado diferenciado na paisagem urbana, resultando em desdobramentos na forma dos espaços públicos contemporâneos.

 

 

 

[1] Termo de definição imprecisa que teve origem nos Estados Unidos no final dos anos 50, referindo-se num primeiro momento, à instalação de obras de arte em lugares públicos (principalmente esculturas), em praças, jardins e em outros espaços públicos, passando, depois, a abranger outros significados e conotações, como: nova arte pública relacionada a trabalhos com envolvimento com a comunidade e de site-especific; novo gênero de arte pública.

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